Compostos bioativos do pimentão verde in natura e desidratado
DOI:
https://doi.org/10.18378/rvads.v12i3.4746Palabras clave:
Capsicum annuum L., Concentração, Fitoquímicos, Vida útil.Resumen
O pimentão Capsicum annuum L., pertence à família Solanaceae na qual contém aproximadamente 31 espécies. Os compostos bioativos também conhecidos como fitoquímicos são componentes químicos e bioquímicos que estão presentes em grande parte dos frutos e hortaliças. O objetivo do presente estudo foi verificar se os compostos bioativos do pimentão verde permanecem após serem submetidos ao processo de secagem. O experimento foi conduzido conforme delineamento inteiramente casualizado, com 2 tratamentos e cinco repetições. Foram utilizados pimentões verdes provenientes do (Centro Econômico de Abastecimento Sociedade Anônima) da cidade de Patos, Paraíba. Os pimentões foram acondicionados em caixas plásticas e transportados para o laboratório de Química, Bioquímica e Análise de Alimentos da Universidade Federal de Campina Grande, Câmpus Pombal. Onde foram selecionados, lavados e sanitizados. Logo após, foi realizado o processamento mínimo e procedida a secagem em estufa de circulação a 60 ºC. Ao término da secagem foi feita a trituração e peneiramento das amostras. Após esse processo foram realizadas as análises de ácido ascórbico, clorofilas, carotenóides, flavonóides antocianinas e compostos fenólicos. Verificou-se que houve diferença significativa entre os tratamentos. As propriedades bioativas do pimentão verde não foram perdidas após aplicação do tratamento térmico. Alguns fitoquímicos como ácido ascórbico, carotenóides e compostos fenólicos foram concentrados. Portanto a perda de água ocorrida durante o processo de secagem aumentou a concentração dos compostos bioativos do pimentão desidratado, o produto obtido com esse método exibiu altos teores de fitoquímicos, o uso da secagem pode ser uma alternativa para prolongar a vida útil dessa hortaliça.
Descargas
Citas
ARLINDO, D. M.; QUEIROZ, A. J. M.; FIGUEIREDO, R. M. F. Armazenamento de pimentão em pó em embalagem de polietileno. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.9, n.2, p.111-118, 2007.
BEZERRA, T. S. Desidratação de hortaliças: Aspectos teóricos. 2007. 53.p. Monografia (Graduado em Tecnologia de Alimentos) - Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2007.
BORGHI, D. F. Logística de Armazenamento de Frutos e Hortaliças em Supermercado. 2008. 234 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Campinas. 2008.
CANUTO, G. A. B.; XAVIER, A. A. O.; NEVES, L. C.; BENASSI, M. D. T. Caracterização físico-química de polpas de frutos da Amazônia e sua correlação com a atividade antiradical livre. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.32, n.4, p.1196-1205, 2010.
CHITARRA, M. I.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2. ed. Lavras: UFLA, 2005. 783p.
DORNAS, W. C.; OLIVEIRA, T. T.; RODRIGUES-DAS-DORES, R. G.; SANTOS, A. F.; NAGEM, T. J. Flavonóides: Potencial terapêutico no estresse oxidativo. Rev. Ciência Farmacêuticas Básica e Aplicada, v.28, n.3, p.241- 249, 2007.
FRANCIS, F. J. Analysis of anthocyanins. In: MARKAKIS, P. (ed.) anthocyanins as food calors. New York: Academic Press, 1982.
FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3. ed. Revista e Ampliada. Viçosa: UFV, 2007.
HORST, M. A.; LAJOLO, F. M. Biodisponibilidade de compostos bioativos de alimentos. Disponível em: <https://nutrisaude14.files.wordpress.com/2014/09/biodisponibilidade-1.pdf> acessado em: 06 de janeiro de 2016.
HOJO, E. T. D.; CARDOSO, A. D.; HOJO, R. H.; BOAS, E. V. B. V.; MARCO ALVARENGA, A. R. Uso de películas de fécula de mandioca e pvc na conservação pós-colheita de pimentão. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.31, n.1, p.184-190, 2007.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos, 4. ed. São Paulo: IAL, 2008.
LEME, S. C. Qualidade pós-colheita de pimentões produzidos em sistema orgânico. 2012. 117.p. Tese (Doutorado em Ciência dos Alimentos) - Universidade Federal de Lavras, (UFL), Minas Gerais, 2012.
LICHTENTHALER, H. K. Chlorophylls and carotenoids: pigments of photosynthetic biomembranes. In: PACKER, L., DOUCE, R. (Eds.). Methods in Enzymology. London, v.148, p.350-382, 1987.
MACIEL, M. I. S.; MELO, E. A.; LIMA, V. L. A. G.; MUSSER, R. S.; LIMA, V. L. A. G.; MUSSER, R. S.; LIMA, D. E. S.; SILVA, M. V. Fitoquímicos bioativos em diferentes variedades de pimentão. Horticultura Brasileira, Brasília, v.21, n.2, p,1-4, 2003.
MELO, E. A.; MACIEL, M. I. S.; LIMA, V. L. A. G.; LEAL, F. L. L.; CAETANO, A. C. S.; NASCIMENTO, R. J. Capacidade antioxidante de hortaliças usualmente consumidas. Ciência e Tecnologia de Alimentos., Campinas, v.26, n.3, p.639-644, 2006.
MOSCONE, E. A.; SCALDAFERRO, M. A.; GRABIELE, M.; CECCHINI, N. M.; GARCÍA, Y. S.; JARRET, R.; DAVIÑA, J. R., DUCASSE, D. A.; BARBOZA, G. E.; EHRENDORFER, F. The Evolution of Chili Peppers (Capsicum – Solanaceae): a Cytogenetic Perspective. VI th International Solanaceae Conference. Acta Hort, 2007.
SILVA, F. A. S. ASSISTAT versão 7.6 beta (2016). Campina Grande-PB: Assistência Estatística, Departamento de Engenharia Agrícola do CTRN - Universidade Federal de Campina Grande. Disponível em: <http://www.assistat.com/index.html>. Acesso em: 19 Agosto de 2016.
WATERHOUSE, A. Folin-ciocalteau micro method for total phenol in wine. American Journal of Enoiogy and Viticulture, p.3-5, 2006.