Cardiologia: eficácia dos dispositivos de monitoramento remoto na redução de reinternações por insuficiência cardíaca em pacientes idosos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18378/rebes.v14i3.10788

Resumo

O presente artigo abordou a eficácia dos dispositivos de monitoramento remoto na gestão da insuficiência cardíaca, com foco na redução de reinternações hospitalares e melhoria dos desfechos clínicos em pacientes idosos. Diante desse cenário, o monitoramento remoto emergiu como uma tecnologia promissora, permitindo o acompanhamento contínuo e em tempo real de parâmetros cardíacos, o que pode transformar a abordagem tradicional de manejo dessas doenças. Com base nisso, este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia dos dispositivos de monitoramento remoto na redução dessas reinternações, analisando os benefícios clínicos e os impactos econômicos e operacionais dessa tecnologia. A metodologia adotada foi uma revisão de literatura que incluiu a seleção de estudos publicados em bases de dados acadêmicas reconhecidas. Os critérios de inclusão abrangeram estudos que investigaram a eficácia clínica dos dispositivos de monitoramento remoto, bem como suas implicações econômicas. A análise focou em dispositivos como monitores de pressão arterial, ECG portáteis, balanças de bioimpedância e oxímetros de pulso. Os resultados obtidos indicaram que os dispositivos de monitoramento remoto contribuíram para a redução das taxas de reinternação em pacientes com insuficiência cardíaca. Estudos demonstraram que a utilização desses dispositivos permitiu a detecção precoce de descompensações, possibilitando intervenções rápidas e personalizadas. Em adição, observou-se uma melhoria nos desfechos clínicos, incluindo o controle mais efetivo dos sintomas, a redução de eventos adversos e a melhoria da função cardíaca. Em termos econômicos, a redução das hospitalizações resultou em economias para os sistemas de saúde, evidenciando a custo-efetividade dessa abordagem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMARAL, Daniela Reuter do et al. Intervenções não farmacológicas para melhor qualidade de vida na insuficiência cardíaca: revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 70, n. 1, p. 198-209, 2017.

ARNOLD, Ruth H. et al. Rural and remote cardiology during the COVID-19 pandemic: Cardiac Society of Australia and New Zealand (CSANZ) consensus statement. Heart, Lung and Circulation, v. 29, n. 7, p. e88-e93, 2020.

ARRIGO, Mattia et al. Acute heart failure. Nature Reviews Disease Primers, v. 6, n. 1, p. 16, 2020.

BERTINI, Matteo et al. Remote monitoring of implantable devices: should we continue to ignore it?. International journal of cardiology, v. 202, p. 368-377, 2016.

BUTROUS, Hoda; HUMMEL, Scott L. Heart failure in older adults. Canadian Journal of Cardiology, v. 32, n. 9, p. 1140-1147, 2016.

CERMAKOVA, P. et al. Heart failure and Alzheimer′ s disease. Journal of internal medicine, v. 277, n. 4, p. 406-425, 2015.

CHEUNG, Christopher C.; DEYELL, Marc W. Remote monitoring of cardiac implantable electronic devices. Canadian Journal of Cardiology, v. 34, n. 7, p. 941-944, 2018.

CHOWDHURY, Devyani et al. Telehealth for pediatric cardiology practitioners in the time of COVID-19. Pediatric Cardiology, v. 41, n. 6, p. 1081-1091, 2020.

COWIE, Martin R.; LAM, Carolyn SP. Remote monitoring and digital health tools in CVD management. Nature Reviews Cardiology, v. 18, n. 7, p. 457-458, 2021.

DICKINSON, Michael G. et al. Remote monitoring of patients with heart failure: a white paper from the Heart Failure Society of America Scientific Statements Committee. Journal of cardiac failure, v. 24, n. 10, p. 682-694, 2018.

DOURADO, Mavy Batista; OLIVEIRA, Fernanda Santos; GAMA, Glicia Gleide Gonçalves. Perfis clínico e epidemiológico de idosos com insuficiência cardíaca. Rev. enferm. UFPE on line, p. 408-415, 2019.

GROENEWEGEN, Amy et al. Epidemiology of heart failure. European journal of heart failure, v. 22, n. 8, p. 1342-1356, 2020.

IMBERTI, Jacopo Francesco et al. Remote monitoring and telemedicine in heart failure: implementation and benefits. Current Cardiology Reports, v. 23, p. 1-11, 2021.

JANKAUSKAS, Stanislovas S. et al. Heart failure in diabetes. Metabolism, v. 125, p. 154910, 2021.

JAYAPRASAD, N. Heart failure in children. Heart views, v. 17, n. 3, p. 92-99, 2016.

KRZESINSKI, Pawel et al. Noninvasive bioimpedance methods from the viewpoint of remote monitoring in heart failure. JMIR mHealth and uHealth, v. 9, n. 5, p. e25937, 2021.

LAM, Carolyn SP et al. Sex differences in heart failure. European heart journal, v. 40, n. 47, p. 3859-3868c, 2019.

LEHRKE, Michael; MARX, Nikolaus. Diabetes mellitus and heart failure. The American journal of cardiology, v. 120, n. 1, p. S37-S47, 2017.

LIU, Zhuotao. Application of remote monitoring in cardiology. Chinese Medical Equipment Journal, p. 144-146, 2017.

LONCAR, Goran et al. Iron deficiency in heart failure. ESC heart failure, v. 8, n. 4, p. 2368-2379, 2021.

LOPES, Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga et al. Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Telemedicina na Cardiologia–2019. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 113, p. 1006-1056, 2019.

LYONS, Owen D.; BRADLEY, T. Douglas. Heart failure and sleep apnea. Canadian Journal of Cardiology, v. 31, n. 7, p. 898-908, 2015.

MARTINS, Victor Balceiro Legname et al. Avanços da inteligência artificial na cardiologia: uma revisão abrangente. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 10, n. 4, p. 2442-2456, 2024.

MATHUR, Pankaj et al. Artificial intelligence, machine learning, and cardiovascular disease. Clinical Medicine Insights: Cardiology, v. 14, p. 1179546820927404, 2020.

MAZUREK, Jeremy A.; JESSUP, Mariell. Understanding heart failure. Cardiac Electrophysiology Clinics, v. 7, n. 4, p. 557-575, 2015.

MESQUITA, Evandro Tinoco et al. Entendendo a hospitalização em pacientes com insuficiência cardíaca. International Journal of Cardiovascular Sciences, v. 30, p. 81-90, 2017.

PADOVANI, Paul et al. E-Health: A Game Changer in Fetal and Neonatal Cardiology?. Journal of Clinical Medicine, v. 12, n. 21, p. 6865, 2023.

PARTHIBAN, Nirmalatiban et al. Remote monitoring of implantable cardioverter-defibrillators: a systematic review and meta-analysis of clinical outcomes. Journal of the American College of Cardiology, v. 65, n. 24, p. 2591-2600, 2015.

REIS FILHO, José Rosino de Araújo Rocha et al. Reverse cardiac remodeling: a marker of better prognosis in heart failure. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 104, n. 6, p. 502-506, 2015.

SCHUURING, Mark J.; MISCHIE, Alexandru N.; CAIANI, Enrico G. Digital Solutions in Cardiology. Frontiers in cardiovascular medicine, v. 9, p. 873991, 2022.

SHEIKH, Abu Baker et al. Blood pressure variability in clinical practice: past, present and the future. Journal of the American Heart Association, v. 12, n. 9, p. e029297, 2023.

SINNENBERG, Lauren; GIVERTZ, Michael M. Acute heart failure. Trends in cardiovascular medicine, v. 30, n. 2, p. 104-112, 2020.

SIONTIS, Konstantinos C. et al. Artificial intelligence-enhanced electrocardiography in cardiovascular disease management. Nature Reviews Cardiology, v. 18, n. 7, p. 465-478, 2021.

TANAI, Edit; FRANTZ, Stefan. Pathophysiology of heart failure. Compr Physiol, v. 6, n. 1, p. 187-214, 2015.

TRESKES, Roderick Willem et al. Mobile health in cardiology: a review of currently available medical apps and equipment for remote monitoring. Expert review of medical devices, v. 13, n. 9, p. 823-830, 2016.

VOLTERRANI, Maurizio; SPOSATO, Barbara. Remote monitoring and telemedicine. European Heart Journal Supplements, v. 21, n. Supplement_M, p. M54-M56, 2019.

Downloads

Publicado

2024-08-10

Como Citar

Saraiva , M. L. S., Oliveira, G. F., Anselmo , N. C., Borges , S. J., & Brito , I. N. (2024). Cardiologia: eficácia dos dispositivos de monitoramento remoto na redução de reinternações por insuficiência cardíaca em pacientes idosos. Revista Brasileira De Educação E Saúde, 14(3), 556–563. https://doi.org/10.18378/rebes.v14i3.10788

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)