Contaminação do mel, cuidados e controles - revisão

Resumen

A contaminação do mel ocorre por fontes primárias, sendo elas pó, ar, solo, néctar, pólen e o aparelho digestivo das abelhas, exemplos de contaminação antes da colheita. Já na contaminação secundária, depois da colheita, advém da contaminação cruzada, manipulação, instalações e equipamentos, também por presença de insetos, locais inapropriados pela incidência do vento entre outros. A contaminação química do mel está ligado ao tratamento das abelhas com fármacos, como os antibióticos que são utilizados no tratamento de doenças bacterianas nas abelhas, onde a presença de resíduos constituem um risco para a saúde dos consumidores, como reações alérgicas, modificação da flora intestinal, resistência bacteriana e choques anafiláticos. Ainda na produção no campo com o uso de pesticidas para controle de pragas e doenças que afetam as abelhas. A ocorrência de contaminação microbiológica tem como fatores a falta de higiene na extração, contendo néctar floral, poeira, terra, pólen, o trato digestivo e até o próprio corpo das abelhas. Além de fungos, leveduras e bactérias formadoras de esporos. Os fungos mais encontrados são do gênero Penicillium, Mucor e Aspergillus. Leveduras osmofílicas são causadoras da fermentação em méis granulados, sendo o gênero Saccharomyces o mais encontrado. As bactérias mais encontradas são pertencentes aos gêneros Bacillus e Clostridium. No cuidado e controle, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) determina regulamentos de funcionamento de processamento do mel, de forma a exigir programas de garantia de qualidade de Boas Práticas Apícolas (BPA) assegurando a produção segura do campo a extração e envio do mel ao entreposto. O sistema seguido é dividido em seis partes: Materiais utilizados que inclui a colmeia, equipamentos de proteção, utensílios e material utilizado para queima no fumigador; Localização e instalação dos apiários determinando quanto a localização, flora  apícola, disponibilidade de água, distância de segurança, acesso ao apiário, distância entre apiários, instalação e identificação dos apiários e colmeias, condições de área do apiário, sombreamento e vento, distribuição das colmeias no apiário, bebedouros artificiais, número de colmeias por apiário, segurança para pessoas e animais, uso de agrotóxicos na proximidade; O manejo das colmeias com cuidados básicos no manejo, alimentação das colmeias e sanidade apícola; A coleta e transporte dos favos com mel; Pessoal no campo; Programa de limpeza e desinfecção das instalações, cuidados com os materiais, equipamentos e utensílios e cuidados com os veículos.